domingo, 29 de janeiro de 2012

Missão pesada é para jovens!

Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, para os que crêem , seja exemplo na conversa, na conduta, no amor, na fé e pureza.” 1 Tm 4.12

Um grupo de jovens e adolescentes missionários nem sempre preenche as expectativas estereotipadas. Aquela imagem romântica de jovens vestidos como velhos, mimetizando os evangelistas experientes, pregando como se fossem adultos, não reflete a realidade. Eles são jovens que pregam como jovens, e isso nem sempre agrada a todos. Mas funciona!

Eles erram, extrapolam, cometem excessos e precisam de contínua orientação. Mas que errem cumprindo a missão. Que cometam equívocos no campo missionário. Que pequem por excesso de vontade de pregar.

Precisamos prepará-los e dar-lhes responsabilidades sérias:
"A Igreja talvez indague a jovens se podem ser confiadas as sérias responsabilidades envolvidas no estabelecimento e direção de uma missão estrangeira. Respondo: Deus designou que eles fossem preparados em nossos colégios e mediante a associação no trabalho com homens experientes, de maneira que se achem preparados a ocupar lugares de utilidade nesta causa. Cumpre-nos mostrar confiança em nossos jovens." (Cons. professores, pais e estudantes, 516)

Eles precisam ser desafiados a trabalhos de verdade, não a meras "brincadeiras evangelísticas" para apaziguar a consciência. Essa Missão no Uruguai tem sido pesada, estafante. Eles estão fisica e mentalmente esgotados, mas no campo missionário não há tempo para o discurso politicamente correto (mas biblicamente errado): "são apenas crianças, não podem trabalhar...".

Na Escola de Missões exigimos sempre mais dos jovens missionários, pois eles podem dar mais! Evangelismo jovem não é entretenimento, é algo pesado, cansativo, que requer energia e disposição. E tem que ser assim.

"Eles deviam ser pioneiros em todo empreendimento que exigisse fadiga e sacrifício, ao passo que os sobrecarregados servos de Cristo deviam ser prezados como conselheiros, para animar e abençoar os que têm de desferir os mais pesados golpes em favor de Deus."(Cons. professores, pais e estudantes, 517)


O discurso politicamente correto que deu origem a uma geração de adolescentes inúteis à sociedade, superprotegidos e isentos de responsabilidades não deve encontrar espaço na Igreja Adventista. O perigo de termos baixas expectativas com relação aos nosso adolescentes é: eles suprem essas expectativas! E ainda os elogiamos por isso! Isso explica o fato de cada geração ser mais "molenga" que a anterior. Aqueles que hoje deveriam estar "desferindo os mais pesados golpes em favor de Deus" são cristãos raquíticos, anões espirituais.
Eu não tenho um levantamento estatístico oficial, mas creio que o Brasil não tem fornecido ao mundo tudo o que pode em termos de jovens missionários. Essa é uma urgente necessidade, e a solução passa pelo envolvimento dos adolescentes no evangelismo.

"Há necessidade de jovens. Deus os chama aos campos missionários. Achando-se relativamente livres de cuidados e responsabilidades, estão em condições mais favoráveis para se empenhar na obra do que os que têm de prover o sustento e educação de uma grande família. Demais, os jovens podem mais facilmente adaptar a sociedades e climas novos, sendo mais aptos a suportar incômodos e fadigas. Com tato e perseverança, podem-se pôr em contato com o povo."(Cons. professores, pais e estudantes, 517)

Que nossas igrejas criem um clima de incentivo aos jovens e não de sufocamento e proibição. Que a patrulha, a censura constante dê lugar ao treinamento e à motivação. E, principalmente, que haja investimento na formação de missionários. Que ser missionário volte a ser o sonho das crianças adventistas!

"A Igreja deve sentir sua grande responsabilidade quanto a encerrar a luz da verdade, e restringir a graça de Deus dentro de seu estreito âmbito, quando dinheiro e influência deveriam ser liberalmente empregados em trazer pessoas competentes ao campo missionário.

Centenas de jovens se deviam ter preparado para desempenhar um papel na obra de espalhar a semente da verdade junto a todas as águas." (Cons. professores, pais e estudantes, 515)

Essa geração pode (e quer) fazer mais.

Não permita que ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem!
E então: você "vai" ou vai continuar apenas lendo sobre "ir"?

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